Governo de Goiás diz que vai enviar Forças Especiais da PM a Luziânia
Marconi Perillo chegou a pedir ajuda da Força Nacional, mas desistiu. Segundo assessoria, 'tropas goianas são suficientes' para atuar na cidade
Governador quer Força Nacional no combate a violência em Luziânia (Foto: Jardely Pascoal/TV Anhanguera)
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), informou nesta segunda-feira (6) que vai encaminhar Forças Especiais da Polícia Militar para Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. A decisão tem o intuito de combater a criminalidade da região. O político chegou a pedir ao Governo Federal o envio de tropas da Força Nacional para a cidade, mas desistiu.
Segundo nota enviada pela assessoria de Perillo, atuarão no município homens do Comando de Missões Especiais (CME), formado pelo Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), Batalhão de Operações Especiais (Bope), Regimento de Polícia Montada (RPMont), Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) e Batalhão de Choque.
Além disso, o governador citou que estão sendo realizados os trâmites para a inauguração de uma unidade da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) com sede no município e que vai atuar em todo o Entorno do DF.
O governo não anunciou, no entanto, a data em que estes providências serão tomadas.
Força Nacional
Perillo chegou a pedir ao ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, o envio de tropas da Força Nacional para atuar na cidade. A solicitação foi divulgada pelo político em seu perfil numa rede social, na última sexta-feira (4).
Na ocasião, ele argumentou que, "apesar de todos os esforços da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária na região", crimes como furtos, assaltos, homicídios brutais e ataques às instituições bancárias seguem ocorrendo.
Ainda conforme o governador, estas situações "colocam a população em situação de risco constante".
Perillo chegou a pedir envio da Força Nacional para atuar em Luziânia (Foto: Reprodução/Facebook)
Ele salientou que o combate à violência é um "desafio nacional" e diz que a disposição do presidente Michel Temer (PMDB) em liberar as tropas, no caso de Luziânia, "é imprescindível".
Apesar da decisão do governo, em nota enviada ao G1, o Ministério da Justiça disse que o pedido do governador foi recebido e está em análise.
Crimes recentes
De acordo com a Polícia Civil, o número de homicídios em Luziânia triplicou em janeiro de 2017 em relação com o mesmo período do ano passado. Foram registrados 24 assassinatos no último mês.
Um dos casos que entrou na estatística ocorreu no último dia 31 de janeiro, quando o corpo da estudante Thaís Alves Pereira, de 20 anos, foi encontrado em um matagal na zona rural do município.
No dia seguinte, um grupo explodiu caixas eletrônicos de uma agência bancária e efetuou disparos de armas de fogo pelas ruas. Um morador da cidade conseguiu filmar a ocorrência.